A casa para além da descrição funcionalista: a relação entre indivíduo e espaço a partir de outra perspectiva.
Autora
Ana Carolina de Lima Sarmento
Resumo
Uma casa não se faz apenas com paredes, mas, sobretudo, com pessoas, relações, memórias, identidade, passado, presente e rotinas pessoais e afetivas. No pós-pandemia, percebemos o quanto a casa ganhou protagonismo. Passamos a conviver com ela através de aspectos, que estão para além de sua descrição funcionalista, e que nos permite interpretá-la com mais profundidade, compreendendo seu caráter essencial. Este artigo apresenta um relato de experiência a partir do projeto: Cartas Desenhantes para o lar, com o intuito de apresentar de forma poética, outra perspectiva que nos possibilita compreender a relação entre indivíduo e espaço. As cartas foram inspiradas em um poema de Cora Carolina. São apresentadas, poeticamente, em mesas processuais, que resultou em uma mostra coletiva virtual, intitulada Cartas Desenhantes, revelando o percurso criativo de alguns artistas e designers, sobretudo suas afinidades com seu objeto de estudo.
Palavras chaves:
Casa; Lar; Cartas Desenhantes; Mesa de Processo
Abstract
A house is not just made of walls, but, above all, of people, relationships, memories, identity, past, present and personal and affective routines. In the post-pandemic, we realized how much the house gained protagonism . We started to live with it through aspects that go beyond its functionalist description, and that allow us to interpret it in more depth, understanding its essential character. This article presents an experience report from the project: Drawing Letters to the Home, with the intention of presenting, in a poetic way, another perspective that allows us to understand the relationship between the individual and the space. The letters were inspired in a poem by Cora Carolina. They are presented, poetically, in process tables, which resulted in a virtual group show, entitled Designer Letters, revealing the creative path of some artists and designers.
Keywords: House; Home; Drawing Cards; Process Table.
“Faz da tua casa uma festa!
Ouve música, canta, dança…
Faz da tua casa um templo!
Reza, ora, medita, pede, agradece…
Faz da tua casa uma escola!
Lê, escreve, desenha, pinta, estuda, aprende, ensina…
Faz da tua casa uma loja!
Limpa, arruma, organiza, decora, muda de lugar, separa para doar…
Faz da tua casa um restaurante!
Cozinha, prova, cria, cultiva, planta…
Enfim…
Faz da tua casa
Um local criativo de amor.”
Cora Coralina (1889 – 1985)
Cartas para o lar é resultado do projeto Cartas Desenhantes desenvolvido na disciplina “Documentos de Percurso: registros e reflexões em processos criativos”, do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Universidade Federal da Bahia, sob orientação da professora Dra. Viga Gordilho, ao longo do primeiro semestre de 2021. O projeto consiste em uma mostra coletiva, que revela o percurso criativo de artistas e designers, que após missivas trocadas ao longo da disciplina, se debruçou sobre seu próprio objeto. Durante o processo investigativo, utilizamos como referências os livros “Água Viva” de Clarice Lispector (1920-1977) e “Cartas a um jovem poeta” de Rainer Maria Rilke (1875-1926). Além das conversas com artistas convidados. Os resultados do projeto estão publicados no site https://docprocesso2021.wixsite.com/cartasdesenhantes.
Antes de delinear o percurso criativo, ressaltamos que o vocábulo Desenhantes, foi criado pela artista e pesquisadora Lucimar Bello. Desenhar tem sido seu percurso desde 1983, onde a mesma, atuava como artista desenhante, ativando nas pessoas estados de desenhamentos. Segundo a autora:
Estados de desenhamentos são intensidades, sensações que mostram pelo fazer, estados de ser, quer dizer, os desenhos feitos coletivamente em espaços da esfera pública, são vozes de desejos, de modos de habitar, de modos de pensar, de questionar relações de modos de viver coletivamente (BELLO, 2010, p. 1450).
No artigo “Cidades Desenhantes, um desnorte”, Bello (2010) reflete sobre a potencialidade do Desenho Urbano sobre uma metrópole e as possíveis cidades nelas constituídas. Para a autora, o desenho nos propõe construções, desconstruções e reconstruções, onde hábitos e experiências apresentam-se visualmente. Ao passo que são construídas, as imagens nos permitem traçar um paralelo entre visualidade e visibilidade. A partir disso, com o intuito de experimentar novas descobertas, surge o projeto Cartas Desenhantes, idealizado pela professora Dra. Viga Gordilho.
Lucimar Bello foi a primeira artista convidada da disciplina. Em sua explanação, apresentou o termo Desenhantes, nos provocando a se expressar a partir dessa perspectiva. Com isso, sob orientação da professora Viga, em um primeiro momento da disciplina, formamos duplas e trocamos cartas. Cartas que traziam traços, inquietações, memórias, cotidianos, religiosidade e rotinas pessoais. A cada troca, um emaranhado de vocábulos, que lançados despretensiosamente, nos possibilitavam múltiplos significados. Sete dias de permutas intensas, onde um conjunto de imagens e palavras nos revelavam signos, nos fazendo refletir sobre o próprio tempo. Um tempo de silêncio e isolamento. O tempo daquilo que estava por vir. A espera da próxima carta. O tempo das coisas. O tempo líquido, derretido, que se esvai, como na obra “Persistência da Memória de Salvador Dalí (1904-1989). Sobretudo um tempo que se faz presente, o “instante-já” de Clarice Lispector (1920-1977) em sua obra Água Viva. Como viver o agora?
E por falar em tempo, ampulhetas apareceram ao longo do percurso. Em desenhos, formas e croquis. Refletimos sobre elas. Nos colocamos como aqueles grãos de areia, presos ao tempo, à mercê de algo, que como a água, é fluída, e assim como a areia, desce lentamente. Nas entrelinhas dessas cartas, me permiti estar vulnerável, fugir do óbvio, e assim, ser levada a outra dimensão. Criar cenários, sentir cheiros, ouvir sons e explorar um universo de subjetividades. O eu, é assumido, na medida em que este artigo é o relato de uma experiência.
Antes de descrever a experiência vivenciada ao longo da disciplina, trago algumas inquietações, não só enquanto designer de interiores, mas, sobretudo enquanto docente, que busca descontruir o conceito linear que nos leva do problema a solução, para extrair dos discentes, subjetividades que permitirão entender o seu lugar e consequentemente o do outro. Partindo da problemática: Como nos relacionamos com o espaço? Este relato de experiência é um convite a reflexão sobre a nossa atuação profissional. Atuação esta, que vai além do visível, palpável e funcional, adentrando em conceitos psicológicos e antropológicos e que por isso, necessitam dialogar com outras áreas de conhecimento. Afinal, como postula Cipiniuk (2014) o mundo material, objetivo, exterior, só pode ser compreendido a partir de suas subjetividades.
Voltando a disciplina, seguimos com as cartas. Durante essas permutas, decidimos que palavras-chaves apareceriam soltas e caberiam a nós, interpretá-las. Nesse jogo de palavras, a cada missiva trocada com meu parceiro de atividade, um vocábulo persistia: a casa. Seja pelas provocações de ambos os lados, ou pelo fato de sermos conterrâneos e estarmos “longe de casa”. Falávamos sobre a nossa relação com esse espaço. Uma casa para ser sentida, percebida, notada e compreendida. Passados dois dias, lá pela terceira carta, me despedi e continuei o fluxo. Após esse envio, decidi borrifar água sobre o papel. Observei o efeito da água sobre aquela superfície. Letras se entrelaçando e uma sensação de desconstruir para reconfigurar. Fotografei e a pendurei na janela para secar.
Após vinte e quatro horas, outra carta estava a chegar. Para minha surpresa, ela trazia a chuva (figura 1), que em tempos de isolamento, é um convite para se recolher e ficar em casa. Ora. No dia anterior eu havia borrifado água na última carta, uma espécie de “fazer chover”. No dia seguinte, a chuva veio literalmente.
A criação como processo relacional mostra que elementos aparentemente dispersos estão interligados: já a ação transformadora envolve o modo como um elemento inferido é atado a outro. Os elementos selecionados já existiam, a inovação está no modo como são colocados juntos, ou seja, na maneira como são transformados (SALLES, 2006, p. 35)
A criação artística é marcada pela dinamicidade que envolve uma busca constante, o interligar desses elementos. A autora destaca, que neste percurso, o acidental pode causar possíveis intervenções, modificando o rumo e proporcionando novas descobertas. Enquanto designer de interiores, me permiti, assim como os artistas, vivenciar o processo e compreender a minha relação com o objeto.
Decidi voltar para carta anterior, que permanecia estendia na janela, completamente desfigurada. Observei que neste processo de borrifar, esperar e secar, três palavras se mantinham legíveis: Casa, Energia e Lar (figura 2). O que essas palavras tem a nos dizer?
Parafraseando Rilke, voltei para mim mesma. Para o meu processo, sob o qual, sem ele, os resultados não existiriam. Estavam definidas as palavras que norteariam todo o caminhar criativo e que já estavam latentes nas minhas inquietações. É possível fazer da casa um instrumento de análise da alma humana? Como nos relacionamos com o espaço? Como nos sentimos parte desse espaço?
Assim surgiu Cartas Desenhantes para o Lar, um processo que me permitiu refletir sobre a relação entre casa e lar. Uma casa não se faz apenas com paredes, mas, sobretudo, com pessoas, relações, memórias, identidade, passado, presente e rotinas pessoais e afetivas. Segundo Pallasma (2017), enquanto a arquitetura é o domicílio de alguém no mundo, o lar é a celebração, a reverência, é a elevação de atividades sociais, ideias e crenças distintas.
Lar é o ato de habitar, e o habitar é simbólico e antropológico, é um traço fundamental do ser, nas palavras de Heidegger (1889-1976). Um lar se faz com pessoas. Com isso, compreendemos a importância da relação entre indivíduo e espaço, e conforme sugere Pallasma (2017), sua compreensão perpassa por um estudo introspectivo e fenomenológico do lar, nos conduzindo a uma noção de pertencimento.
Corroborando com o autor, Hernández (2020), ao refletir sobre o “espaço-lugar”, enfatiza o lugar como uma apropriação do espaço por via da familiaridade e do pertencimento. Um universo dotado de passado, presente e futuro, um ambiente – preexistente. Indivíduo e espaço se produzem um ao outro.
Cartas Desenhantes para o Lar, tem como objetivo ultrapassar a descrição funcionalista do objeto casa, para interpretá-la com mais profundidade, compreendendo seu caráter essencial e a relação entre indivíduo e espaço. As cartas foram inspiradas no poema de Cora Carolina que abre este artigo. São elas: Curar, Celebrar, Aprender, Servir, Guardar, Pertencer e Amar. Metaforicamente o lar não é substantivo, é verbo. E verbos exprimem ação em determinado tempo. Portanto, não é uma porta, é o ato de entrar. Não é uma janela, é o ato de apreciar. Intitulei as cartas com verbos infinitivos para que não houvesse uma indicação de temporalidade, ainda que o tempo estivesse intrínseco nas obras.
As cartas foram apresentadas, poeticamente, em sete mesas processuais. Sobre as mesas, dispus objetos e fragmentos que exprimem memórias de um imaginário particular. Minhas raízes, meu eu, meu instante-já. Objetos que vão além da forma e que nos permite uma leitura simbólica de informações, o que Flusser (2007) chamaria de não-coisas. Um paralelo entre visualidades e visibilidades, conforme define Ferrara (2002). De um lado a constatação receptiva, referenciando a “coisa”. Do outro, a elaboração perceptiva, os indícios, a experiência, denominados de não-coisas.
A escolha desse formato de apresentação, teve como referência a exposição Sinapses do artista-curador Hugo Fortes (figura 3). Segundo Fortes (2017), as mesas de processo são superfícies horizontais que nos remete a matéria informe, em movimento, um fluxo de continuidade. Além de revelar o pensamento do artista de maneira não linear. Para o autor, a construção da mesa, manifesta os diferentes momentos do seu processo, sobretudo as incertezas, movimentos, pausas, imprevistos e descobertas significativas.
Todas as inquietações e vivências nos conduzem a uma reflexão, para tanto é preciso estar conectado com o processo. Na busca em compreender as afinidades entre indivíduo e espaço nesse universo de múltiplas sensações que envolve o percurso criativo e o objeto concluído, encontramos na fenomenologia, um aporte teórico-metodológico para compreender essa relação. Segundo Merleau-Ponty (2018), em seu livro A Fenomenologia da Percepção:
A Fenomenologia é o estudo das essências, e todos os problemas, segundo ela, resumem-se em definir essências: a essência da percepção, a essência da consciência, por exemplo. A fenomenologia é também uma filosofia que repõe as essências da existência, e não pensa que se possa compreender o homem e o mundo de outra maneira senão a partir da facticidade […] é também um relato do espaço, do tempo, do mundo “vividos”. É a tentativa de uma descrição direta de nossa experiência tal como ela é […] (MERLEAU-PONTY, 2018, p. 1).
As cartas são um exercício a percepção. Um convite a sair do obvio e a permitir-se conhecer o outro a partir de fragmentos de um imaginário particular. Neste artigo apresento duas, das sete Cartas Desenhantes. São elas: Curar e Amar, que representam experiências distintas e significativas que iniciam e concretizam um ciclo. Neste contexto, experiências são trocas, ou como define Pallasma (2017, p. 25), “um intercâmbio com nossos entornos; internalizamos o entorno ao mesmo tempo que projetamos nossos próprios corpos […] Memória e realidade, percepção e sonho – tudo se funde”. É através da percepção que definimos o uso do espaço de forma racional e estética, recuperando a simbiose entre a humanidade e o espaço onde ela vive.
A primeira mesa recebe o nome de Curar (figura 4). Cora Carolina (1889 – 1985) diz: “Faz da tua casa um templo. Reza, ora, medita, pede, agradece”. Optei por começar com a mesa de Cura, diante do contexto vivido naquele momento. Dor, perdas, incertezas e Fé. O intuito era se conectar com tudo aquilo que remetia a esperança. Voltar para as minhas raízes, aceita-las e ouvir o meu próprio eu. Tempo de silêncio, meditação e transcendência. A mesa traduz um processo de autoconhecimento. Nela, dispus os quatro elementos da natureza com o intuito de trazer fluidez, fortaleza, calor e essência, que unidos a outros objetos manifestam um conjunto de subjetividades.
As mesas revelam momentos de reflexão, de olhar para o entorno e perceber o quanto ele dialoga com o meu eu. Traços que apontam para o horizonte. Visibilidades. Designers precisam estar aptos a lidar com as emoções, os sentidos e, principalmente, com a subjetividade das coisas, diante da multiplicidade de significados possíveis nos dias de hoje. É perceptível a importância dessa ferramenta como um diferencial que agrega valor às produções por meio de uma maneira de se comunicar que vai além da forma e da função, despertando os sentidos e a sensibilização dos envolvidos, pois, como já diria Papanek (1995, p. 95), “os arquitetos e designers sempre tiveram consciência de que as nossas reações sinestésicas ao espaço ou ao lugar podem servir para manipular a percepção e as emoções”. Na prática, os processos de construção das mesas me traziam um conjunto de sensações, e com o intuito de registrar o ritual, eu escrevia sobre elas e para elas (figura 4).
Após a Carta de cura, veio o Celebrar, Aprender, Servir, Guardar, Pertencer e por fim, o Amar. Nesta última, reúno todas as experiências vividas, e visualizo neste espaço, do qual eu chamo de lar, uma relação pautada no ato de pertencer e não necessariamente nas coisas, ainda que a presença destas me tragam recordações. Signos que me conectam com ancestralidade, crenças, propósitos e saudades. A união de memória e realidade, percepção e sonho, como pontua Pallasma (2017).
Na carta do Amar (figura 5 e 6), desenho a planta-baixa do meu habitar em respeito a pré-existência. Os espaços vazios são preenchidos com meu eu. Nele agradeço, celebro, aprendo, sirvo, guardo, pertenço e existo. Assim no presente, porque vivo o instante-já. Traço uma linha de fluxo que me conecta com todos os cômodos e crio um mapa que me permite internalizar que sou parte desse todo.
Os interiores revelam não só um ambiente físico, mas também um ambiente psicológico de valores, ou seja, uma simbologia de gostos e significados. Os valores dizem respeito à nossa conscientização em relação ao ambiente natural. Aqui, o pertencer envolve sentidos e sentimentos, que nos conduz a sustentabilidade da vida, e que antes de tudo, precisa criar vínculos entre o humano e a terra.
Considerações finais
No design de interiores, em estágios muito iniciais do processo criativo, é de suma importância a percepção do profissional enquanto mediador para tomadas de decisões diante das necessidades reais do cliente. Estas decisões são desafiadoras quando tentamos descobrir as verdadeiras necessidades daquelas pessoas/clientes que as têm, mas, muitas vezes, não conseguem formular, nem manifestar. Para Papanek (1995, p. 64),
A função do designer é apresentar opções às pessoas. Estas opções deveriam ser reais e significativas, permitindo, assim, que os usuários participassem mais plenamente nas decisões que lhes dizem respeito e deixando-as comunicar com os designers e arquitetos na procura de soluções para os próprios problemas, mesmo – quer queiram quer não – tornando-se os seus próprios designers.
O designer de interiores, por meio de sua habilidade de compreensão do outro, observa postos-chaves que, muitas vezes, estão nas entrelinhas de um diálogo e não diretamente especificados pelo cliente. Como postula Flusser (2007), vivemos em um mundo codificado, composto por símbolos e significados, em uma era na qual, cada vez mais, buscamos ações que inspirem sensações, onde o interesse existencial nos leve das coisas para as informações, e o viver se torne mais relevante que o ter. Um lar é múltiplo e por isso objetivamente incompreendido.
Neste relato de experiência, compreendemos um projeto de interiores como uma obra aberta. Uma construção de narrativas que estão indo e vindo. Um processo de montar e desmontar. Este artigo é um convite a questionar-se. Questionar as metodologias, os roteiros e receitas pré-estabelecidos. Diante de tamanha pluralidade, como podemos ir além da óbvio? Corroborando com Flusser (2007) e parafraseando Cipiniuk (2014, p.24), “não basta apenas incorporar saberes, um domínio técnico, mas é preciso dominar uma ambientação simbólica, o domínio de códigos, para transitar entre pares”. Para tanto, precisamos dialogar com outras áreas de conhecimento.
As mesas processuais configuram-se como um ponto de partida, indícios para o diálogo entre clientes e designers, ou até mesmo como um elemento projetual que auxilia na percepção desse espaço-lugar propondo novas linguagens. Um estímulo a perceber o outro, a partir de fragmentos de tempo e memória que surgem a partir de coisas e se revelam em não-coisas nos fazendo entrar em uma relação conosco e com o mundo e contribuindo nas tomadas de decisões.
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FORTES, H. Sinapses: A montagem como pensamento e processo criativo. MODOS: Revista de História da Arte, Campinas, SP, v. 2, n. 1, p. 221–234, 2018. DOI: 10.24978/mod.v2i1.1029. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/mod/article/view/8663345. Acesso: 5.maio.2021.
FLUSSER, V. O mundo codificado: por uma filosofia do design e da comunicação. Org. Rafael Cardoso. Trad. Raquel Abi-Sâmara. São Paulo: Cosac Naify, 2007.
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HERNÁNDEZ, M.H.O. Reflexões sobre a pré-existência e o design de ambientes. In.: Encontros e Conexões em Design de Interiores – volume 1. Salvador: EDUFBA, 2020, p. 101-124
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RILKE, RM Cartas a um Jovem Poeta . Trad. Peter Sussekind. Porto Feliz: L&PM,
SALLES, C. A. Redes da criação: construção da obra de arte. São Paulo: Editora Horizonte,2006.
Ana Carolina Sarmento
Doutoranda em Artes Visuais pela Universidade Federal da Bahia. Mestre em Artes Visuais pela Universidade Federal da Bahia. Designer de Interiores pelo Instituto Federal de Alagoas – IFAL, Campus Maceió. Coordenadora acadêmica da Associação Brasileira de Designer de Interiores (ABD), regional BA.